sábado, 17 de maio de 2008

MENSAGEM DE AGRADECIMENTO

Nós da Chapa 3 queremos agradecer publicamente a todos os 195 votos recebidos pelos professores, ativos e aposentados, da Universidade de Brasília.

Queremos ainda parabenizar a atividade inquisitiva da Chapa 2 e seus 123 votos conquistados estimando que a continuação deste debate se dê com a efetiva qualificação dos seus principais temas a partir da renovação dos aspectos institucionais no âmbito da Universidade de Brasília.

Nossos cumprimentos à Chapa 1 vencedora esperando que saibam conduzir a AdUnB sem esquecer os princípios de uma Universidade de Ensino Pública e Gratuita mas, sobretudo, de Qualidade, lembrando que sempre estaremos lá para defendê-la.

Mas queremos agradecer especialmente aos profesores, ativos e aposentados, do Instituto de Artes e da Faculdade de Educação por nos terem dado o sabor de uma vitória que certamente será expandida para uma discussão qualitativa sobre aquilo que denominamos Universidade.

Os nossos mais sinceros votos de sucesso para todos.

Chapa 3

Cícero Lopes da Silva (FAV)
Leda Breitenbach Barreiro (FE)
Nabil Joseph Eid (FT)
José Oswaldo Araújo (IG)
Ademir Santana (IF)
Helvia Leite Cruz (FE)
Beatriz Magalhães-Castro (IDA)
Antonio Moreira Campolina (FT - aposentado)
Raquel de Almeida Moraes (FE)
Cristina Brandão (FT)

terça-feira, 13 de maio de 2008

Uma boa eleição para todos(as)!

Caros(as) colegas:

Esta é a última mensagem que a Chapa 3 enviou por e-mail aos professores nesta eleição para a direção da ADUnB e pretende ser um voto de confiança no futuro da ADUnB e da UnB.

Fizemos uma campanha limpa, sem nenhuma agressão às demais chapas, procurando transmitir nossas idéias e concepções sindicais de forma a conquistar sua aprovação e voto. Estamos confiantes de que atingimos este objetivo.

A UnB, depois da crise provocada pela administração Timothy, precisará de maturidade e mãos limpas para se recompor e a nova diretoria da ADUnB poderá contribuir muito nesse processo de reencontro. Acreditamos que nossa história nos qualifica para esta jornada, mas a decisão que sair da urna será o reconhecimento da competência do vencedor e da confiança do eleitorado naquele nome.

A sua participação neste processo é fundamental; não só decidindo quem dirigirá a ADUnB, como exercendo o papel de um(a) cobrador(a) rigoroso(a) das promessas e propostas de campanha apresentadas por aquela Chapa que terá a responsabilidade de liderar os novos rumos de nossa Seção Sindical.

Amanhã, quarta-feira 14 de maio, é o último dia de votação. Somos gratos(as) pelo tempo que você nos dedicou quando lia com paciência nossas mensagens ou ouvia nossas propostas.

Caso você nos dê a honra de sufragar nossa Chapa nas urnas, agradecemos sua escolha e reafirmamos publicamente o compromisso de dedicar todo o nosso esforço, como direção da ADUnB, na reconstrução de nossa Universidade com maturidade e mãos limpas.


Chapa 3 – ADUnB: AUTONOMIA E DEMOCRACIA

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Apoios à Chapa 3

"A história é um carro alegre, cheio de um povo contente, que atropela indiferente todo aquele que a negue."

A Chapa 3 - ADUnB: AUTONOMIA E DEMOCRACIA orgulha-se de encerrar a campanha para a eleição da diretora da ADUnB, biênio 2008-2010, confirmando o compromisso com a história de lutas da entidade. E nada melhor para mostrar esse compromisso do que poder ostentar o apoio de companheiros e companheiras que ocuparam cargos na direção da ADUnB ao longo dos 30 anos que a ADUnB completará no dia 24 de maio.

Apóiam a Chapa 3:

  • Elício Pontes - FE
    • 2º secretário 1978/1980
    • 1º Vice Presidente 1984/1986
  • Luiz Gonzaga Mota - FAC
    • 2º Secretário 1980/1982
  • Antônio Ibanez Ruiz - FT
    • Presidente 1982/1984
  • Sadi Dal Rosso - ICS
    • 1º Vice Presidente 1982/1984
    • Presidente 1986/1988
    • 1º Secretário 1992/1994
"A chapa 3 apoiou decisivamente o movimento estudantil, a força que está operando a maior mudança na UnB em vinte anos. Como a transformação precisa continuar a chapa 3 é a melhor opção contra a restauração do status quo.
Reforço ao ANDES- SINDICATO NACIONAL!
Paridade!
Contra as fundações de apoio!"
Sadi Dal Rosso
  • Pedro Murrieta – FT
    • 1º Secretário 1982/1984
    • Presidente 1992/1994
"A Chapa 3 não tem nenhum membro envolvido ou justificando os recentes desmandos da administração Timothy e tampouco dá a impressão que está concorrendo para direção do DCE. Por isto voto na Chapa 3 para a ADUnB."
Pedro Murrieta
  • Harue Yamashita – FAU
    • 2º Secretário 1984/1986
  • Aldo João de Sousa – FT
    • 1º Tesoureiro 1982/1984
"Ciente de que a UnB tem em sua pauta atual temas que guardam muitas semelhanças com os dias vividos na década de 80, gostaria de testemunhar que muitos(as) colegas que hoje se articulam em torno da Chapa 3 desempenharam, naquele período, um importante papel histórico, agindo com dignidade e muita bravura, em dias difíceis. Sendo assim, manifesto, de forma muito singela, o meu apoio à Chapa 3, ADUnB - Autonomia e Democracia."
Aldo João de Sousa
  • Frederico Rosa Borges de Holanda - FAU
    • 1º Secretário 1994/1996
  • João Luiz H. de Carvalho - CEAM
    • 1º Vice Presidente 1994/1996
"Voto na chapa 3, porque ela propõe a manutenção de uma discussão combativa no movimento docente, além de, defender com veemência, a valorização das instâncias deliberativas da UnB, tão importantes para evitar que se repitam acontecimentos lamentáveis como os ocorridos recentemente."
João Luiz H. de Carvalho
  • Antônio Sebben - IB
    • 2º Vice Presidente 1994/1996
    • Presidente 2000/2002
"Manifesto meu apoio à Chapa 3 - Autonomia e Democracia por entender que, especialmente em momentos de crise como a que atravessamos atualmente, a ADUnB deve atuar com responsabilidade e isenção, sem envolvimento partidário, nem tampouco com grupos ligados aos recentes escândalos, que ainda vêm sendo apurados."
Antônio Sebben
  • Antônio Otaviano Marques - FM
    • 2º Secretário 1994/1996
  • Marco Antônio A de Souza - FT
    • 1º Tesoureiro 1994/1996
  • Rachel Nunes da Cunha - IP
    • Secretário Geral 1996/1998
    • Presidente 2006/2008
  • Raquel de Almeida Moraes - FE
    • 1º Secretária 1996/1998
    • Candidata a 2º Tesoureira 2008/2010
  • Lúcia Helena C.Z. Pulino - IP
    • 2º Tesoureiro 1996/1998
  • Maria Lucília dos Santos - IQ
    • Sup. Tesouraria 1996/1998
  • Samuel José Simon - IH
    • 1º Tesoureiro 1998/2000
  • Sérgio Koide - FT
    • Sup. Presidência 2000/2002
  • Hélvia Leite Cruz - FE
    • 1º Secretária 2000/2002
    • Sup. Secretaria 2002/2004
    • Candidata a 1º Secretária 2008/2010
  • José Augusto A de Sá Fortes - FT
    • 1º Tesoureiro 2000/2002
"Voto e recomendo a chapa 3 pela seriedade e o compromisso do grupo com a qualidade das Universidades e a dignidade dos professores, assim como com o desenvolvimento econômico, social, científico e tecnológico do país."
José Augusto A de Sá Fortes
  • Maria Luiza Falcão Silva - FACE
    • Sup. Tesouraria 2000/2002
"Voto na Chapa 3 porque estou convencida que ela é a melhor alternativa sindical na luta dos professores da UnB por melhores salários e condições de trabalho."
Maria Luiza Falcão Silva
  • Paulo Cesar Marques da Silva - FT
    • Presidente 2002/2004
    • Secretário Geral 2004/2006
"Voto na Chapa 3 para a ADUnB porque reconheço nela - em seu programa e nas pessoas que a compõem - o compromisso histórico com os princípios e as lutas do Movimento Docente, e porque sei que a chapa nunca submeterá a ADUnB a interesses partidários ou de qualquer administração da UnB."
Paulo Cesar Marques da Silva
  • Márcio Villas Boas - FAU
    • 2º Vice Presidente 2002/2004
    • Sup.p/ Presidência 2004/2006
  • José Eduardo Martins - IF
    • Sup. Presidência 2002/2004
  • Simone Perecmanis - FAV
    • 2º Vice-Presidente 2006/2008
  • Vânia Lúcia Dias - FAV
    • 2º Tesoureiro 2006/2008
  • Daniel Müller - IF
    • Secretário Geral 2006/2008

Nestas terça e quarta, dias 13 e 14 de maio
Vote CHAPA 3

Nossas diferenças

A Chapa 3 – ADUnB: AUTONOMIA E DEMOCRACIA e o momento que vivemos

Caros(as) colegas docentes da UnB,

Amanhã e depois, 13 e 14 de maio, serão realizadas as eleições para as diretorias do ANDES-SN e da ADUnB-S.Sind. Nós, da Chapa 3 – ADUnB: AUTONOMIA E DEMOCRACIA, pedimos a sua atenção para expormos nossa leitura do momento que vivemos e as razões que nos levaram a apresentar nossa candidatura à direção da ADUnB e nosso apoio à chapa ANDES AUTÔNOMA, DEMOCRÁTICA E DE LUTA para a direção do Sindicato Nacional.

A crise da Universidade Pública brasileira, instituição ameaçada pela falta de autonomia, pela escassez de verbas e pelo espectro de reformas que agravam ainda mais as condições de sua existência, ganhou contornos dramáticos na UnB. A seqüência de administrações da última década e meia ofereceu nossa universidade como campo experimental das políticas do MEC, esvaziou os órgãos colegiados representativos de gestão democrática da instituição e seguiu criando e aprimorando mecanismos de perpetuação no poder, fora do controle da comunidade, que se afastaram progressivamente dos padrões éticos. Essa seqüência de desmandos foi interrompida no último abril, dois meses e meio depois de vir a público o mais emblemático deles – a destinação de R$ 470 mil para a decoração da até então desconhecida residência oficial do reitor.

O que fez a ADUnB ao longo dessa crise?

Na primeira hora, resgatou o histórico das irregularidades cometidas pela administração superior da UnB e pelas fundações ditas de apoio, reproduzindo em sua página eletrônica os oficios que enviou à reitoria da UnB e às direções das fundações, com notificação ao Ministério Público.

Na seqüência, a diretoria convocou o Conselho de Representantes e a Assembléia Geral, indicando a necessidade de abrir um amplo processo de investigação, interna à UnB, para o qual era necessário o afastamento imediato do reitor. Impedida pela Assembléia de 20 de fevereiro de defender a posição que já havia manifestado, a direção da ADUnB não se furtou a desempenhar seu papel dirigente e continuou denunciando os fatos novos, demonstrando a correlação entre eles e o modelo de gestão adotado pela gestão Timothy e anteriores, e chamando a categoria à reflexão e à mobilização.

O Conselho de Representantes, analisando a evolução da conjuntura, convocou nova Assembléia, que ocorreu no dia 10, uma semana depois de os estudantes terem ocupado o prédio da reitoria com uma pauta de reivindicações que começava com o afastamento do reitor e equipe. Na Assembléia, uma das maiores dos últimos tempos, foi anunciado o afastamento temporário do Prof. Timothy. Numa rápida sucessão de fatos, chegamos ao domingo 13 com a notícia da renúncia do reitor, do vice-reitor, a conseqüente vacância dos decanatos e o Consuni se auto-convocando.

Como as chapas que concorrem à direção da ADUnB avaliam esses fatos e a postura da atual diretoria?

Esse é um exame que consideramos essencial para irmos às urnas conscientes não apenas das propostas políticas que constam dos programas, mas também das diferenças entre métodos de trabalho e concepções de direção que levaram à formação das três chapas.

Candidatos e apoiadores da Chapa 1 historicamente apóiam a existência e a atividade das fundações ditas de apoio, assim como apoiaram e foram apoiados pelas administrações do Prof. Timothy e seus antecessores. Desde o início da crise, apontaram as acusações do Ministério Público e a cobertura da imprensa como orquestrações contra a UnB e, em nome da defesa da instituição, deram sustentação à reitoria, desqualificando os autores das denúncias. A ADUnB foi classificada como denuncista e mera canalizadora de interesses dos derrotados em eleições passadas para a reitoria da UnB.

Candidatos e apoiadores da Chapa 2 disseram que a ação da ADUnB era tíbia e vacilante, no primeiro momento. No entanto, vários deles foram contrários à convocação da Assembléia de 10 de abril, preferindo que os docentes da UnB só voltassem a deliberar sobre a crise depois de algum desfecho provocado pela ação dos estudantes.

Respeitamos essas e outras avaliações, mas não as subscrevemos.

Nós, da Chapa 3, achamos que a ADUnB fez o que era correto e possível. Defendeu as posições que estavam ancoradas em princípios éticos, agindo com independência em relação à administração, à imprensa e a outras forças políticas. Foi solidária com o Movimento Estudantil, respeitando acima de tudo sua autonomia, assim como preservou a autonomia do Movimento Docente. Agiu como direção do movimento, não como quem se satisfaz diante da imagem de liderança que vê no espelho, mas como quem aponta o caminho que é seguido pela categoria mobilizada.

A ADUnB combate as fundações ditas de apoio há muitos anos e trabalha em sintonia com o ANDES-SN. Contribuiu com o que foi apurado aqui na UnB entre 2003 e 2004 para uma publicação nacional (a cartilha “Universidade pública X Fundações ditas de apoio”, do ANDES-SN) e agiu sintonizadamente com o Sindicato Nacional e as demais seções sindicais nos encaminhamentos junto ao Ministério Público.

Por que votar na Chapa 3

Assim como nos episódios que marcaram os primeiros meses de 2008, nós, candidatos e apoiadores da Chapa 3, avaliamos que a ADUnB tem acertado muito mais do que errado. Por isso orgulhamo-nos de ter o apoio da atual diretoria e de grande parte dos diretores das gestões anteriores. Mas as respostas às perguntas que às vezes nos são feitas devem ser dadas pelos representantes das respectivas gestões, não por nós. No quadro-síntese que segue, o(a) colega vai achar uma breve comparação entre as chapas. Esperamos que seja útil e lhe ajude a tomar uma decisão correta nesta terça 13 ou quarta 14 de maio.


Tópico

Chapa 1

Chapa 2

CHAPA 3

Eleição paritária para reitor

Não diz claramente, mas seus candidatos vêm se manifestando pública e reiteradamente contra a paridade.

Entende como uma etapa para se alcançar o ao voto universal.

Avalia como o modelo mais adequado dentro do processo histórico da UnB.

Gestão paritária

Não diz claramente, mas seus candidatos vêm se manifestando pública e reiteradamente contra.

É favorável que todos os conselhos e colegiados sejam paritários.

É contrária à gestão paritária, mas defende que a representação dos segmentos nos conselhos e colegiados deve levar em conta a natureza do órgão.

Expansão da UnB

Não se posiciona a respeito como Chapa, mas alguns de seus candidatos estão ligados à criação de novos cursos no escopo do projeto de expansão proposta na gestão do ex-reitor Timothy Mulholland.

Defende a mais ampla rediscussão e redefinição do projeto de expansão da UnB.

Defende a ampla e imediata rediscussão do projeto de expansão da UnB, a retomada da discussão do papel dos cursos noturnos como instrumento de inclusão social e o melhor aproveitamento do Campus do Plano Piloto.

Posição em relação ao ex-reitor Timothy Muholland

Na assembléia da ADUnB de 20/fev/08, seus membros, majoritariamente, votaram pela permanência do prof. Timothy como Reitor.

Na assembléia da ADUnB de 20/fev/08, todos os seus membros, votaram pelo afastamento do prof. Timothy.

Na assembléia da ADUnB de 20/fev/08, todos os seus membros, votaram pelo afastamento do prof. Timothy.

Enfrentamento da crise na UnB

Não explicitou posição diante da crise de gestão da UnB e preferiu desqualificar quem denunciou os desmandos.

Propôs a dissolução de todos os conselhos para renová-los com composição paritária.

Defendeu o fortalecimento e valorização das instâncias colegiadas e representativas de gestão democrática.

Relação com as fundações

Tem a visão mercadológica do papel das fundações, coincidente com o papel que elas vêm desempenhando.

Descredenciamento junto à FUB de todas as fundações que praticaram atos ilícitos e irregularidades. Transferência das atribuições das fundações privadas para a FUB.

Propõe a promoção de ampla discussão no âmbito da UnB, tendo referência as resoluções congressuais do ANDES-SN (“69. Continuar denunciando que as Fundações Privadas de Apoio são desnecessárias e perniciosas ao desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão, dentro de uma lógica da produção do saber e do desenvolvimento científico, público e socialmente referenciado, nas Instituições Públicas de Ensino Superior. 70. Defender, nos termos já aprovados, a desvinculação gradual e total de todas as IES públicas das respectivas Fundações Privadas de Apoio, uma vez que estas últimas são importante canal de negócios e interesses mercadológicos.”).

Relação com o Sindicato Nacional

Tem simpatizantes do pretenso sindicato paralelo (Proifes) entre os membros da chapa.

Defende o ANDES-SN como único sindicato da categoria.

Defende o ANDES-SN como único sindicato da categoria.



Brasília, 12 de maio de 2008

sexta-feira, 9 de maio de 2008

A luta em defesa do trabalho docente

Entendemos que nós, docentes da UnB, há muito carecemos não só de que nossos direitos elementares sejam respeitados, como de que novos direitos sejam conquistados praticados e constantemente ampliados. É desestimulante perceber a insuficiência da política de proteção de nossa saúde, por exemplo.

A moradia continua sendo problema para muitos docentes, mormente para os novos professores, numa cidade de custo de vida dos mais altos do país. Os esforços empreendidos no passado minoraram, mas estão longe de resolver o ainda agudo problema. Não mais houve investimento na construção de apartamentos funcionais para os docentes e nem discussão sobre o assunto.

Os aposentados, que em outros lugares têm o reconhecimento das instituições a que pertencem e permanecem colaborando com a produção do conhecimento, aqui costumam ser despejados de seus gabinetes de trabalho.

A Chapa 3 tem compromisso com a tradição de luta da ADUnB pela valorização do trabalho docente, pelas condições dignas de trabalho e pela paridade entre aposentados e os colegas que estão na ativa. E para isso, trabalharemos para mobilizar a categoria e não abriremos mão de nossas formas de luta, sejam as tradicionais sejam as novas, desde que nos permitam assegurar legitimamente nossos direitos.

A aproximação entre o sindicato e a base

O que queremos para UnB, queremos para ADUnB: gestão democrática participativa!

O símbolo da graúna (do Henfil), pássaro que resiste às adversidades cantando, nos motiva à luta.

O mesmo fênomeno da imobilização, apatia e omissão que permeia a pouca valorização dos órgãos colegiados da UnB também repercutiu na participação de docentes nas ações da ADUnB.

Agora é hora de mudança!

Não concordamos com quem acha que o sindicato é uma agência que substitui o protagonismo da categoria organizada. Para nós, é o lugar da organização e a ação é da categoria.

O movimento docente precisa ser impulsionado e isso irá acontecer se conhecermos e acolhermos as perplexidades, dúvidas, demandas, interesses, reflexões, contradições presentes no cotidiano da universidade e transformarmos esse conhecimento em ação coletiva. Potencializaremos os espaços em que cada professor possa se manifestar e construiremos os mecanismos de ação!

O Conselho de Representantes reconstruído assumirá o papel pró-ativo historicamente vinculado às bases e para isso um trabalho cuidadoso e competente será realizado.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

UnB em Greve: uma análise de conjuntura. (postado originariamente em 21/09/2005)

UnB em Greve: uma análise de conjuntura.




Raquel de Almeida Moraes*


A trajetória da política econômica revela que entre 1989, último ano do governo José Sarney, e 1997, já no de Fernando Henrique Cardoso, a adesão do País à política neoliberal do Consenso de Washington, FMI e Banco Mundial, promovendo a flexibilização da economia e relações de trabalho, gerou uma abertura do mercado brasileiro que resultou em um salto de 226% nas importações, ou 60 bilhões de dólares. No mesmo período, as exportações avançaram 54%. Resultado: um buraco recorde na balança comercial, com as importações superando as exportações em 7 bilhões de dólares em 1997. Entre 1995 e 2000, o rombo chegou a 24 bilhões de dólares. O país ficou sem dólares para pagar seus compromissos externos, o governo arrochou toda a economia, via aumento de juros e corte de gastos públicos, criando desemprego em larga escala.

Como se não bastasse o rombo, em setembro de 2005 o Ministério da Fazenda (Minifaz) do governo Lula elabora proposta que sugere um corte de 35% para 10,5% na tarifa máxima consolidada pelo país na Organização Mundial do Comércio (OMC). Para alguns setores, entretanto, os cortes propostos seriam ainda mais severos. No caso da indústria automobilística e fabricantes de autopeças, por exemplo, cujas importações estão sujeitas, hoje, a uma tarifa máxima de 33,31%, passariam a pagar apenas 10,31%. Tal proposta, para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), Newton de Melo, é suicida. Em suas palavras: "Estão condenando a indústria nacional à extinção”. O setor de bens de capital, que fabrica máquinas e equipamentos para outras indústrias (ou seja, que produz tecnologia, embutida em novas máquinas e equipamentos industriais), será um dos mais atingidos. (Brasil de Fato, Edição Nº 133, setembro de 2005)

Em todo o mundo, a indústria do petróleo é um setor estratégico, ainda mais em tempos de oferta curta e demanda em elevação, o que exige cautela redobrada dos governos. Entretanto, a proposta de abertura do mercado pelo Ministério da Fazenda atinge setores igualmente sensíveis e estratégicos para a economia brasileira. É brutal a diferença entre o tratamento assegurado pelos governos ricos à sua indústria, e o que faz o governo brasileiro. O Relatório de Desenvolvimento Humano 2005, divulgado há pouco pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), ao tratar de questões relacionadas ao comércio mundial mostra que os países desenvolvidos somente passaram a abrir seus mercados - e ainda assim lenta e gradualmente, ao longo de décadas - depois de terem alcançado um nível de desenvolvimento que lhes assegurava autonomia e poder de decisão sobre seu futuro.

Quanto às relações trabalhistas, contratos flexíveis e por tempo determinado ou parcial passaram a fazer parte do cotidiano dos cidadãos. Isso tudo criou uma insegurança generalizada que contribuiu para piorar as condições de trabalho e reduzir a taxa de sindicalização. A mesma lógica perversa se aplica ao servidor público, pois desde os Governos Collor e FHC somos apontados como os “vilões” da crise. Neste sentido, o professor universitário, que no governo Sarney era considerado como carreira típica de Estado, com vencimentos próximos ao do primeiro escalão do serviço público federal, vem sofrendo grande desvalorização. Hoje, após táticas alterações constitucionais (como a quebra da isonomia salarial entre os Três Poderes), os vencimentos dos docentes doutores são praticamente equivalentes aos da carreira do nível médio do Tribunal de Contas da União.

No fundo, o que está em pauta é o modelo de sociedade brasileira que queremos e como a Universidade Pública se insere na dinâmica internacional do trabalho e da produção do conhecimento científico, tecnológico e cultural. Pela análise de nossa história, saímos da condição de dependência imperfeita do Milagre Econômico dos anos 70, como nos alerta Francisco de Oliveira, para o endividamento, mercantilização e sucateamento crescente das riquezas naturais e humanas sob a Nova Ordem Mundial do Governo Bush, no século XXI.

Diante disso, é preciso dar um basta. Para não morrermos de inanição, nossa categoria reivindica: 18% de reajuste emergencial nos vencimentos; incorporação de todas as gratificações para ativos e aposentados; novos concursos públicos e definição de um plano de carreira digno já!



Doutora em Educação pela Unicamp. Professora do Depto. de Planejamento e Administração da Faculdade de Educação, FE da Universidade de Brasília. Representante da FE no Comando Local da Greve, CLG. Observadora pelo CLG no Comando Nacional do Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior, CNG-ANDES-SN.